Pedidos de retomada do imóvel aumentam 53% em SP

O número de ações judiciais de proprietários que querem seu imóvel alugado de volta aumentou 53% na cidade de São Paulo em maio deste ano em relação ao mesmo mês de 2009. Só no mês passado, 211 donos pediram a casa de volta, segundo levantamento da AABIC (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo) divulgado nesta quinta-feira (10).

O motivo é que os proprietários perceberam que os valores cobrados em aluguéis antigos estão abaixo na comparação com os novos contratos que o mercado oferece, explica o diretor de locação da associação, Eduardo Zangari.

– O proprietário quer o imóvel de volta para alugar para outra pessoa com preços mais altos. O IGP-M [índice que costuma ser usado como parâmetro para os reajustes de aluguel] dos últimos 12 meses está na casa de 5%, mas o mercado cobra até 10% mais nos novos alugueis na comparação com o ano passado.

Isso significa que um aluguel de um apartamento avaliado em R$ 1.000 em maio de 2009, por exemplo, já custa R$ 1.100 agora. Já levando em conta a correção do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), o proprietário recebeu R$ 1.050 no mês passado. A diferença pode parecer pequena neste caso, mas o ganho real do proprietário sobe quando os valores do aluguel são maiores.

Fila de espera

A alta no número de pedidos de devolução de imóveis se apoia em outro fator relevante: com a procura por imóveis em alta, faltam casas para alugar em São Paulo e os proprietários inflacionam os preços dos aluguéis, explica Zangari.

– Os apartamentos de um e dois dormitórios continuam em falta na cidade, principalmente porque quem vem para São Paulo geralmente vem sozinho, ou divide um imóvel com amigos.

Na comparação anual, entre janeiro e maio deste ano, houve 935 ações judiciais ordinárias, ou seja, as que se referem à retomada do imóvel para uso próprio. No mesmo intervalo de 2009, a quantidade era menor: 798. Isso significa um aumento de 17% no número de ações de pedidos de devolução da casa.

Falta de pagamento

O número de ações de despejo por falta de pagamento caiu em maio deste ano na comparação com o mesmo mês de 2009. Foram 1.518 pedidos no mês passado, contra 1.649 no mesmo mês do ano passado – ou seja, um recuo de 8%.

As ações por falta de pagamento vêm caindo desde o início do ano porque, se o inquilino não acertar em dia, vai ser despejado e não encontrará preços de aluguel semelhantes ao que pagava, afirma Zangari.

– Por isso, o inquilino está se “matando”. Se não pagar em dia, vai sair de um imóvel de três dormitórios para um de dois dormitórios se quiser gastar o mesmo tanto com aluguel. Ou vai sair de um bairro bom para outro mais distante. A lei do inquilinato também agilizou o despejo, então o inquilino fica com receio de atrasar o pagamento do aluguel e fica em dia com a conta.

Vale lembrar que o atraso de uma mensalidade já basta para o proprietário acionar a Justiça e pedir o imóvel de volta. A pesquisa da AABIC leva em conta informações do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Fonte: R7

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