Construção industrializada deve faturar R$ 5,5 bilhões
De acordo com dados da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic), o setor de sistema pré-fabricado deve movimentar R$ 5,5 bilhões até o final deste ano, o que representa um crescimento de 15% em relação a 2009, considerando apenas o universo das 50 empresas brasileiras associadas ao organismo.
Na Holanda, 41% do consumo de cimento são destinados ao pré-fabricado; na Espanha, 20% e, no Brasil, apenas 4,5%. Com a aceleração do mercado da construção civil e os grandes eventos esportivos programados para acontecer no País, para observadores e analistas a industrialização é uma realidade brasileira, portanto, “este mercado emergente tem muito espaço para crescer”.
Para estimular a adoção do sistema pré-fabricado de concreto, o setor destaca os “diversos benefícios que o mesmo proporciona: é mais rápido; reduz desperdícios e resíduos; é mais sustentável; seguro; diminui custos; é sinônimo de qualidade e eficiência – já que a estrutura é produzida dentro do ambiente seguro de uma indústria”.
De acordo com o sócio-proprietário da Leonardi Construção Industrializada, João Leonardi, outro benefício importante oferecido pelo sistema resolve um problema que, atualmente, afeta a cadeia produtiva da construção civil, no seu todo.
“Com o aquecimento de mercado há falta de mão-de-obra. Esta questão, somada aos prazos cada vez mais curtos para atender a forte demanda estimulam a adesão das construtoras aos pré-fabricados”, comenta Leonardi. Ele garante que há grande semelhança entre os custos da construção executada em sistema pré-fabricado e o convencional.
“A diferença está na velocidade da obra e na qualidade do produto final, e não na metodologia do sistema construtivo empregado. De acordo com levantamentos realizados na Europa, tanto no sistema pré-fabricado, quanto no convencional, ao longo da vida útil de uma construção os custos com manutenção e operação equivalem a 85%; e os outros 15% representam o investimento na construção”, esclarece Leonardi.
Porém, comenta o empresário, “é estimado que no sistema convencional a média de vida útil da construção é de 50 anos, enquanto no pré-fabricado chega a ser 50% mais longa”. Esta observação do empresário é para destacar que a agilidade proporcionada pelo sistema promove economia.
“A construção pré-fabricada resulta numa redução significativa de desperdícios e baixo custo de manutenção – aproximadamente 20% menos que no sistema convencional, o que propicia uma melhor relação custo/benefício, e antecipação do retorno do investimento. Com a redução do tempo de execução, em função dos processos industrializados, os prazos são cumpridos rigorosamente e há otimização do canteiro de obras, além de respeitar o meio ambiente”, enfatiza Leonardi.
A convicção do empresário acerca do crescimento desse mercado estimulou investimento em novas instalações da Leonardi Construção Industrializada – em 2010 completando 21 anos. Por conta da movimentação do mercado, a nova planta industrial, antes planejada com 8 mil m2 de área construída, foi reformulada para 125 mil m2, em terreno de 300 mil m2, no município, Atibaia, SP.
Para atender a demanda, comenta Leonardi, houve antecipação da segunda fase das linhas de produção. O empresário diz que, atualmente, “a nova planta já concentra capacidade para produzir 3 mil m3/mês e atender obras de médio e de grande portes”.
“A indústria ocupa posição estratégica para escoamento da produção, em especial para os principais pólos do Estado de São Paulo e de Minas Gerais. Estamos na Rodovia Dom Pedro I, a 65 km da capital paulista, próximo ao Vale do Paraíba, Jundiaí, Campinas e Sul de Minas, e ainda com a vantagem de vivenciar em Atibaia um cenário quase bucólico, com baixo impacto ambiental”, finaliza o sócio-proprietário da Leonardi Construção Industrializada, João Leonardi.
Fonte: R7
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