Pandemia acelera inovações tecnológicas e muda forma de consumo de moradores

A frase “fica em casa”, a mais emblemática durante a pandemia do novo coronavírus, mexeu de diversas maneiras com a sociedade e principalmente com o setor de imóveis. Em 2020, condomínios novos e antigos tiveram de se reinventar para atender as demandas de moradores, que passaram a maior parte dos dias em suas casas, tendo de readaptá-las ao “novo normal” ou procurar novas moradias que melhor satisfizessem seus desejos.

Segundo dados levantados pelo Google em dezembro deste ano, o volume de pesquisas sobre imóveis foi 32% maior em novembro de 2020 se comparado ao mesmo mês em 2019. Também entre os dois períodos, 2020 teve aumento nas procuras de imóveis tanto por aluguel (+70%) como por compra/venda (+62%).

A pesquisa do Google ainda mostra que 29% dos internautas planejam se mudar no próximo ano, sendo que para 43% dos entrevistados fatores como vista, ventilação e espaço interno são as coisas mais importantes para se ter nos condomínios.

procura por maior espaço também é vista nos lançamentos de 2020 em São Paulo. Pesquisa mostra que 49% das pessoas estão procurando imóveis com 2 dormitórios, 12% com 3 dormitórios, e 4% estão atrás de lugar com 1, 4 ou mais dormitórios.

Alex Frachetta apontou que a alta foi impactada diretamente pelo fato das pessoas não saírem de casa. “O que se observa é a possibilidade de transformar o segundo dormitório em um espaço de home office, já que provavelmente essa prática permanecerá como uma tendência em muitas empresas.”

Ele também apontou outras novidades para os próximos anos. “Muitas construtoras investirão em implementações com mais áreas verdes e funcionalidades do tipo pay-per-use, que permitem aos moradores o acesso a diversos estabelecimentos como lavanderia, limpeza, lavagem de carros, supermercado e outras facilidades dentro do condomínio. São pequenas adaptações que começaram de maneira tímida, mas que ganharam força com o isolamento social e a obrigação de permanecer em casa.”

Foco em espaços comuns

O excesso de solidão gerou uma alta de imóveis mais práticos. O coliving, que consiste em quartos ou apartamentos compactos e o restante dos outros ambientes compartilhados com outros moradores, teve uma queda no início da pandemia, mas logo se recuperou.

Baseada em pesquisas do Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas (Ipespe), que apontam que 63% das pessoas admitem morar de aluguel com contrato flexível em vez de comprar um imóvel, e 82% dos jovens que têm entre 16 e 24 anos não querem mais financiar a casa própria, condomínios também oferecem moradias por assinatura, com contratos digitalizados e sem fiador, além de manutenção, lavanderia pay per use e coworking, em empreendimentos 100% voltados para a locação.

Algumas incorporadoras já oferecem condomínios que, além de contarem com as áreas de lazer mais tradicionais, também possuem espaços para produção de games, lives e conteúdo para internet e redes sociais.

Outra novidade que visa a praticidade é a implementação de minimercados nos prédios, em que as startups criam uma relação de confiança com os moradores, já que o serviço é realizado com autoatendimento.

Prioridade zero: digital

A digitalização geral do mercado foi outra mudança impulsionada pela pandemia. O crescimento de 47% dos e-commerces no primeiro semestre de 2020 fez com que as incorporadoras agilizassem a implementação de salas de delivery.

Levando em conta que em prédios antigos o volume de encomendas chegou a ser 70% maior em tempos de covid-19, a tendência é que as áreas físicas exclusivas para entregas siga crescendo.

O serviço de arquitetura também ganhou fôlego. De acordo com a GetNinjas, a procura por profissionais do segmento subiu 112% entre março e maio de 2020, em comparação ao mesmo período do ano passado. Dentre as principais demandas, cresceu o desejo por uma área reservada para o trabalho remoto (70%) e há a intenção de maior utilização da cozinha (46%), segundo pesquisa.

Fonte: Estadão

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