Governo do Rio começa a demolir casas em áreas de risco
O som das marretadas significa tristeza e alívio. Tudo vai ao chão rapidamente.
“Ai! Vai cair tudo Jesus!”.
Não é mais possível mais morar aqui. “Tivemos sorte porque não caiu a casa… A casa maior tá aí, apoiada em cima da minha casa”, chora Carlos Eduardo Pinheiro.
O Morro do Urubu faz parte da lista de oito favelas que terão as casas demolidas na cidade do Rio. As famílias vão receber quatrocentos reais por mês para poder alugar outro imóvel. “E elas sairão de uma situação absolutamente insalubre de risco para uma situação de dignidade”, diz o prefeito, Eduardo Paes.
O Governo do Estado também tem um plano para retirar famílias de áreas de risco. Será feito um mapeamento em parceria com as prefeituras e as moradias serão classificadas em quatro níveis diferentes, de acordo com o perigo de deslizamento:
Azul significa risco baixo;
Amarelo significa risco médio;
Vermelho, alto risco;
Já os moradores das áreas pretas terão que sair de casa imediatamente. Por até um ano, vão viver em locais seguros com aluguel pago pelo governo.
Ainda não foi definido se as famílias vão receber novas moradias de graça ou se serão incluídas em linhas de crédito de projetos habitacionais.
Por enquanto, os desabrigados buscam moradia em casas de parentes, amigos e em escolas públicas. Num colégio estadual, no centro do Rio, quarenta pessoas estão vivendo desde sexta-feira.
Gente que mesmo diante de muita dificuldade não perde a esperança e quer recomeçar. “Enquanto há vida, há esperança…”.
Fonte: Jornal Hoje
[ssba-buttons]