Madeira legal: construtoras devem se cadastrar no Ibama
O cadastro de construtoras junto ao Ibama, no Cadastro Técnico Federal (CTF), é fundamental para o controle da origem da madeira utilizada. A recomendação foi feita pela coordenadora técnica do Comasp (Comitê de Meio Ambiente) do SindusCon-SP, Lilian Sarrouf, durante reunião realizada em 4 de outubro, que discutiu a aquisição responsável de madeira na construção civil.
“Ao contrário do DOF (Documento de Origem Florestal), que acompanha os carregamentos de madeira junto com uma nota fiscal, o DTC atinge todas as pessoas físicas e jurídicas que usam produtos naturais ou cuja atividade é classificada como potencialmente poluidora na Tabela de Atividades do Ibama, não tendo qualquer relação direta com o simples fato de se comprar madeira”, esclareceu Dimitrius Paleólogos, representante do Sindimasp (Sindicato do Comercio Atacadista de Madeiras do Estado de São Paulo). Para ele, isso justifica a necessidade de as construtoras se cadastrarem no sistema federal.
Para Carlos Eduardo Beduschi, da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, o ideal é que a construtora não negligencie a etapa de “aceite de oferta” do processo do CTF, pois é a partir de lá que as informações sobre o estoque do fornecedor, quantidade adquirida pela empresa e utilizada serão monitorados. “Qualquer divergência verificada pela fiscalização resulta em multas pesadíssimas”, advertiu.
“Junto com o CADmadeira, que divulga os fornecedores compromissados com a cadeia responsável da madeira no Estado de São Paulo, e a certificação FSC, concedida pelo WWF, a oferta e aceite fecha o cerco para que o construtor tenha certeza de que a madeira é legal”, completou Paleólogos.
Estevão Braga, agrônomo do WWF Brasil, recomenda, ainda, que as empresas entrem na Rede Global de Floresta e Comércio, gerenciada pelo WWF. A rede envolve compradores de madeira no mundo todo. “Entre os motivos para entrar está a gestão de risco, pois a rede permite ter certeza da origem legal da madeira”, afirmou.
As construtoras que participaram da 1ª turma do programa piloto Sinduscon-SP e WWF Brasil para a aquisição responsável de madeira já adquiriram 15 mil metros cúbicos com preocupação sobre sua origem, o equivalente a 700 caminhões de madeira.
Fonte: R7
[ssba-buttons]